4 de abr. de 2014
Executivos da Boeing desembarcaram nesta manhã (3), em Brasília, interessados em uma parceria com o GDF, especialmente nas áreas de desenvolvimento de pesquisas de Tecnologia da Informação, e projetos sobre energias renováveis (biocombustíveis). As duas partes estudam a assinatura de um Memorando de Entendimento que englobe tais áreas, entre outros projetos de interesse mútuo.
Em reunião com o secretário de Desenvolvimento Econômico, Hermano Carvalho, representantes da Boeing - maior fabricante mundial de aeronaves -, Blair Nadeau (diretor de Operações Aeroportuárias) e Xenia Peet (diretora de Tecnologia e Negócios Estratégicos), destacaram o potencial econômico para investimento do DF, além das vantagens que a região oferece para as operações da companhia.
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"A Boeing busca no Distrito Federal um apoio para sua expansão no Brasil e na América do Sul, e esse interesse abre espaço para que outras empresas procurem Brasília como uma opção promissora fora do eixo Rio de Janeiro/São Paulo", disse o secretário. Ele reafirmou que a vinda dos executivos é consequente à missão da Secretaria de Desenvolvimento Econômico aos Estados Unidos há menos de uma semana para apresentar oportunidades e projetos estratégicos do governador Agnelo Queiroz para os próximos anos.
Biocombustíveis - O interesse da multinacional em Brasília não é à toa. Sabendo-se que uma das principais preocupações atuais das companhias aéreas é a diminuição de custos operacionais, principalmente referentes ao combustível das aeronaves, a localização geográfica do DF e centros de pesquisa especializados o torna um grande aliado.
O fato de Brasília estar localizada em uma região onde encontramos a metade da produção agrícola e 55% do rebanho bovino do país é decisivo para o bom desempenho de pesquisas na área de energias renováveis. Este fato dá à capital brasileira uma posição favorável neste quesito.
"Quanto menos combustível se consome, mais espaço fica disponível para cargas e passageiros, aumentando-se, assim, a lucratividade da companhia. Nossa intenção é trabalhar em conjunto com o governo federal, com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Universidade de Brasília (UnB) e Universidade Católica, além de outras instituições que aportem conhecimento acadêmico necessário ao desenvolvimento desses projetos", completa Hermano Carvalho.
Operações aeroportuárias – Estão ainda em discussão parcerias envolvendo o Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek - onde pode-se trabalhar vinda de boas práticas e de tecnologia nas áreas de logística, manutenção, reparos, treinamentos, etc., em parceria com as empresas aéreas nacionais. A Cidade Aeroportuária também está na pauta de estudos da Boeing para tornar-se uma possível parceira.
"Hoje temos a oferecer uma grande gama de possibilidades para trabalhar em parceria e atrair empresas do porte da Boeing. Em 2003, o Aeroporto JK operava com pouco mais 2 milhões de passageiros; em 2014, já são 16 milhões. Esse crescimento de mercado reflete na qualidade da prestação de serviços para cargas e passageiros, que cresce a cada dia. Hoje temos cinco opções de voos diretos de Brasília para a Europa e a América do Norte e isso significa mais atração de investimentos, mais geração de empregos diretos e indiretos e de renda para o DF", concluiu o secretário.
A comitiva da Boeing ainda visitou as instalações do Aeroporto JK e, juntamente com o secretário Hermano Carvalho, participaram de reuniões com representantes da Inframérica e da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC).
Foto: Paula Fróes
Foto: Paula Fróes
